15 de fevereiro de 2008

poema para a previsibilidade masculina.

(com a marca que fica na pele ardida daquela lembrança. agora, seja lá o que for, valeu a pena.)


o primeiro encontro é de desejo velado
de imaginar até onde chegam as mãos
de observar o vai-e-vem das coxas
e o estranho e sensual formato da boca
de falar no ouvido quase sussurrando
esperar que os pêlos dela se eriçem
que assim se aguçem os seus sentidos
de fazer carinho, beijar devagarzinho
e dos dedos correrem pela nuca

enquanto isso, despe-a com os olhos
testa seus limites no corpo-a-corpo
você e a sua técnica do óbvio.





"se lembra quando alguém deixou a mão aí
era a primeira vez que você se expunha
e aqui estamos nós, vamos nos repetir
escalar as nuvens com as unhas."
(ora bolas; rockz.)