13 de janeiro de 2010

penso, logo não durmo.

as horas estão passando no meu relógio de parede, tic tac. são velozes, são hostis. estão incansavel e torturantemente conectadas aos meus pensamentos de outrora. na escuridão do quarto e no calor da noite brotam, das mais variadas origens, as imagens que quero esquecer. penso, logo não durmo. penso, logo não durmo. penso, logo não durmo!

e me livro do nexo, do senso... vou me perdendo entre as teclas num jogo de letras, fonemas, palavras, suor, medo, recordações, desassossego. não desligo, não apago, não consigo. me resta o barulho incômodo dos dedos no teclado e a esperança de que o sono venha a galope, ainda que me angustie pensar nos sonhos porvir.

como posso silenciar minhas lembranças?

27 de março de 2009

happy place.

go to your happy place, bella.
it won't take too long.




toda vez que eu consigo chegar no meu "lugar feliz", alguém rasga a bolha e a realidade invade...

23 de março de 2009

cuidado, cão anti-social.

eu nunca fui anti-social. eu sempre fui tímida, mas eu sempre soube contornar isso com simpatia e prestatividade... se é que isso é uma palavra. eu sempre roí as unhas de nervoso quando mudava de escola ou começava um novo curso, sempre tive aquela péssima sensação de chegar num lugar cheio de rostos desconhecidos e precisar, desesperadamente, interagir com alguns, ao menos. mas eu sempre consegui. porque eu sorria, falava meia dúzia de coisas agradáveis e educadas e oferecia ajuda. sempre. e assim eu conquistava as pessoas e não demorava muito pra me sentir inserida no contexto. nice.

aí eu conheci um monte de gente ao mesmo tempo. tipo um trem parando na plataforma e um monte de gente descendo junta e ficando em volta de mim. assim, sem aviso prévio. um montão de gente. e, de novo, aquela sensação desconfortável de precisar interagir se instalou em mim. e eu pensei que se eu pudesse ser simpática e prestativa, rapidamente eu dominaria a situação. na minha cabeça, ao menos.

eu tentei. de todas as formas que eu podia imaginar, até. eu sorri, eu brinquei, eu ofereci todo tipo de ajuda, eu fotografei, eu dei o ombro, eu fui buscar água, eu ouvi e não respondi quando achei que estava errado e que deveria ter sido respondido. eu respeitei os silêncios e as palavras, mesmo achando muitas delas desnecessariamente colocadas em discursos que, cá entre nós, nunca fizeram nenhum efeito. mas eu agi da melhor maneira possível tentando, ao menos, receber alguma demonstração de respeito e gratidão de volta.

e nada. nadica de nada.

então eu decidi que os seres humanos não mereciam meu esforço. sabe? pra que simpatia se a gente não recebe simpatia de volta? não recebe sorriso, não recebe palavra amiga, não recebe nem uma demonstraçãozinha de respeito ou de agradecimento pelo que a gente fez... então foi assim. e assim eu decidi que eu não ia me esforçar mais mesmo com ninguém. e que se os seres humanos quisessem ver o quão bacana eu posso ser, eles que viessem até mim. eu que não ia mais me dar ao trabalho de ser uma pessoa agradável.

e eu espero que isso explique o meu atual nível de anti-socialidade. não, eu não quero conhecer ninguém. e nem quero ter novos amigos. e nem preciso.

como o caio disse no post sobre a metáfora de felicidade e balões [leiam aqui], eu supervalorizo os balões das pessoas e se eles murcham - e quase constantemente murcham - então não preciso me esforçar pra criar um vínculo com um balão que vai murchar mesmo.

ora bolas. ou balões.

22 de março de 2009

meu olhar atento.

vou resumir esse fim de semana em um daqueles ditos sábios que os velhos repetem por aí:

"se tem olhos, vê.
se podes ver, repara."




tem gente vendo e não reparando. mas quem eu posso culpar? olhar atento não é uma condição para a existência de todos os seres humanos. aliás, é um dom e uma maldição ao mesmo tempo. e às vezes eu odeio carregar isso em mim.

não veja apenas porque você tem olhos. repare no que você está vendo. e sinta... investigue, procure saber o porquê daquilo que você vê. e pense em como ajudar, como compartilhar, o que fazer. não é tão difícil assim.

eu consigo.

18 de março de 2009

more.

citando o andré que, por sua vez, regravou sisters of mercy:
i want more. and i need all the love i can get.

10 de março de 2009

ana, a pequena viking.

e eu vou enfrentar as coisas como a pequena viking que eu sou. *sorri*

9 de março de 2009

not ready to get up.

vem aí uma longa semana, de segunda à segunda. e eu tô cansada. mesmo.