7 de setembro de 2008

(para meu "ogrinho", pelo seu aniversário.)




foram anos de sonho. do menino de olhos azuis da oitava série, de uniforme do colégio pedro II, ao músico barbado e ruivo daquela banda pouco convencional que ouço até hoje. conforme eu crescia, o "padrão" mudava. homem ideal? fácil era imaginar. achar é que foi complicado, sabe?

eu passei por algumas paixões... sempre mais duras em mim, taurina sentimental, que nos objetos de desejo. sofri, mesmo que muitos achem que aos vinte e três anos, sofrer seja um exagero. chorei algumas muitas vezes. tive algumas crises histéricas, é claro, como boa mulher que sou. e parei de comer. me excedi na bebida. na lapa. tentei, de algumas maneiras, "despistar" aquele sentimento de derrota que se enraíza na gente quando um relacionamento, de qualquer espécie, falha.

em fevereiro de dois mil e oito, eu tinha me acostumado a ser "ana solo". minha vida tinha sido moldada para caber nos afazeres acadêmicos, nos "estagiais" e nos fins de semana das inseparáveis companhias das "cajazeiras" vivi e yna, nem que fosse pelo messenger. eu tinha lá um "casinho" ou outro, mas já desacreditada de que aquela coisa superficial de sábado e domingo pudesse se tornar algo sério, algo mais, algo que sempre busquei e, naquele momento, tinha temporariamente apagado da memória. mas do coração, nunca.

então, sabe-se lá porque, você me veio. uma tarde de carnaval, respondendo a scraps no orkut, vi seu "avatar". nos conhecíamos, ainda que "de vista". sempre fomos vizinhos, tínhamos amigos em comum, nunca havíamos nos dado a chance... encontros e desencontros dessa vida, acho. por um segundo pensei que não faria mal, ao menos, fazer um novo amigo. afinal, o máximo que poderia acontecer era você simplesmente não responder aquele scrap "espontâneo"... mas você respondeu.

e logo passamos ao messenger. um pouco mais, e aos tecnológicos sms, essa mensagenzinhas super práticas do celular. não demorou muito para que, de alguma maneira inexplicável, já fôssemos essenciais um para o outro. e embora eu, desacreditada do potencial do ser humano de amar e doar-se, tenha "enrolado" você por uma semana e meia - se não me engano! -, finalmente você me venceu. é, tomei um tackle! *risos* e foi dos bons porque eu caí... mas você me levantou. e agora, quase sete meses depois, estamos aqui.

o aniversário é seu, mas você foi meu melhor presente. quando fechei os olhos para as possibilidades do amor, ele veio e me deu logo um pontapé. parece que tudo sempre esteve aqui, que essa coisa enorme que eu sinto por você, estava a passinhos de mim e eu não pude enxergar... isso que dá ser míope, viu só? *risos*

pelo dia de hoje eu só tenho que agradecer ao universo... porque hoje é o seu dia, que dia mais feliz!